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Desabafos de um ser em transição

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Festividade

Ao som alarmante
dos locomotivos,
assistimos ao
desfile dos contrários.

Sentimentalismo impróprio
de sensações desconhecidas
invocam a todos
uma obrigatoriedade...
de transmissão
da ilusória tempestiva
dos lampejos surreais.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Estático

Sob o vento,
cabelos a balançar
ao frescor da inocência.

Pétalas aquosas
resvalando pela face gélida
transpõem aos lábios intransponíveis.

A mente
continua devaneiando
Ah! o corpo físico...
outrora já se perdeu
em anos de exatidão.

Agora é só um gélido cálice.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Momento

Futilidade
de um parecer
inexato.

Palavras frágeis
ou estilísticas
confabulam
a temperança
da incerteza
de um amanhã
tempestuoso.

Centelhas
de pulsares inconcebíveis
transmutados
em cada
coerente discordância.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Equilibrium

Suspiro
mórbido
de um acordar
ao avesso.

Olhos
desnudos
estáticos ao vento
irracionalizados,
em silêncio
enaltecedor.

Palavras perdidas,
inacabadas,
incompreendida
de um insensato
borboletar.

Sorrisos
meio a entender
penetrantes?
de soslaio?.

Gestos
conjugados,
impróprios
fluem
por um prisma
em suspensão.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

À tarde

Singela flor
com exuberante primazia
confinada....
avitalícia,
inquebrantável,
impenetrável.

Amigo trivial
explorador
dos novos mundos
perspassa
pelos trilhos
de infindas relíquias
do desconhecimento.

Ao valsar
sereno
das melodias estelares,
repousa
em desesperança:
o revolver
às distorções impreteríveis

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vazio

Varíáveis difusas
divergem-se
em um parecer,
estático.

Perguntas incessantes,
rodopiantes
trafegam
em cada vã lembrança.

O caos
vacuolizado
comanda
a frágil existência
de cada manhã.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ilusão

O manto
dissipa,
a inocência refugiada.

Os olhos
desconhecidos
rondam... minha incerteza.

Não,
não devo continuar
às trilhas infortúnias.

As águas turvas
perseguem
a sombra de minha existência.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Acerolando

Ao ínfimo adeus
do amicíssimo trivial
soa-se o tilintar das acerolas.

Ao longe,
as poeiras acerolentas
clamam, suplicam
pelas preciosas gélidas.

À poça d'água
trespassam raios corados
de furtivas emoções acerolosas.

domingo, 28 de novembro de 2010

Despedida

A necessidade de se dizer
me impulsiona
me corroi.

Minhas ideias
a 1000 por hora
deixam-me
na inconstância.

Os rumos desnorteados
polvorizam
meu viver.

Preciso
que a última rosa seja entregue
que o elo seja rompido
que os limites se estabeleçam.

A ferruada do adeus
me é penetrante, devastador,
mas a saudade.... sufocante, destrutiva.

Não há o que fazer
os rios escolhem suas trilhas
apertam o frágil pulsante
colapsam os movimentos intercalantes da brisa.

Devo seguir
às margens da mágoa.

Fragilité

Um corpo vítreo
perdido na autoanálise
transparece a fatalidade
de longínquas mutilações.

O corpo vítreo
essencialmente dorificado
desmancha-se
racha-se.

Rios de águas cristalgadas
águas subterfúgias
invadem o inconsciente
aquecem o corpo.

Um corpo
cicatrizado
na plenitude
da construtivação.

Não...
não mais se possui
as águas subterfúgias.

O corpo vítreo
perde as vulnerabilidades
as águas...
ganham força, sentimento, sentido
substituídas
a um líquido espesso
sem contrastes...vitalício.

Penetra em todo o âmago
o corpo vítreo
humaniza-se.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu

Não quero  ser somente mais uma escala em sua sinfonia 
Não quero ser mais um esboço de teus caprichos
Não quero ser mais um adereço descartável
Não quero ser mais a poeira de suas estrelas
Não quero ser mais uma foto que perdeu as cores
Não quero ser mais o inconsciente consciente
Não mais ao longe fitar-lo

Quero desafiar meus medos e anseios
Quero fugir......
Do real, do esperado, da rotina.....
Quero romper.... Tudo o possível impossível
Quero encontrar o ponto de meu desequilíbrio constante
Quero deixar de ser o  objeto e me tornar o sujeito
Quero viver invariavelmente o surreal
Quero que aches a chave de todos (ou quase todos) meus enigmas

Ao fim quero ser apenas eu
Ou o que acredito ser eu.....

domingo, 31 de outubro de 2010

Saudade

Uma parte de mim
um tanto incógnita,
intraduzível,
agora se vai.

Por quanto tempo?
a incerteza me ronda,
as lágrimas já não mais rolam em minha face,
a tristeza...
essa penetra em todo meu ser
e o único sentimento prevalecente
é a saudade.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ideias

Ideias multifacetadas invadem meu inconsciente,
tento me libertar,
quebrar o vício,
não mais consigo,
estou presa ....  na inconstância dos momentos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Você

Carrega em seus olhos,
em seu sorriso,
uma alegria disfarçada,
uma tristeza mascarada.

Queria poder navegar
na imensidão de suas ideias desconexas,
saborear um mundo desconhecido.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cotidiano

O sol... solitário
envolve, enlaça-nos
para um convite:
carpe diem!
e uma promessa:
o disseminar de uma alegria.

Vida

O que é a vida?
um mero conjunto de acontecimentos aleatórios,
ou junção de pessoas a muito interligada,
ou uma efemeridade que nos envolve,
ou a ação despropositada do acaso?