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Desabafos de um ser em transição

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Confesso

Hoje já não sei
o que buscar
um sorriso acerolado,
minhas epifanias aconchegantes,
uma felicidade falseada....

Por um reflexo inopurtuno
me fragilizo
ao ser brutalmente esculpida
por uma realidade desfalecida.

Em fragmentos
minha coragem
persuadida pela imaginação
já não existe.

Minhas reminiscências
se perdem
em lágrimas
quase secas
de sentimentos
desconjuntados.

Ao reinado
da desesperança
me rendo.

À inércia
de meus suspiros
desacerelo
em pensamentos fúteis.

Ao fim,
estou eu
com um olhar
imperciptível e solitário,
enebriado por autos questionamentos.




terça-feira, 11 de outubro de 2011

À trivialidade entusiástica

Uma brisa
(descomunal)
ao nascer
de um sol
desconhecido
abre
o sorriso
de folhagens
mais antigas.

O pássaro
da cena
se esbalda
desfruta
em um só gole
bem gelado
a sensação
imprevista.

Rabiscos
desnudos
refugiam
da claridade
bronzeante
ao fulgor
de nuvens
imparciais.



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Upside down world


Corrosive soil 
delicate symphonies
join 
the countered
massive
and cluster.

Sibilant notes
runaway from directions
of a single voice
bewildered
and become blind
during the path 
to invisible bars.

Personal sounds
in large-scale
fallen,
stand 
on the rise
of impersonal
midia elements.

Confessions
without purpose
shared,
enjoeyd
in global
voyerism.

Ah!
interectional 
changes
authorize
semi-permeability
to alienation/famous.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Réquiem

Uma faca,
a minha faca,
apontada
a mim,
não mais me assusta.

Percebo apenas
a crescente indiferença
no vitrificado humor
compladescente
de tal nostalgia.
se mortificar.

Ao ponto que
ao reflexo da inútil
ferramenta
- cega obliquamente-
a minha sensibilidade,
susceptível a ínfimas
sonoridades noturnas
se obscuressem.

Uns fios,
os meus fios imaginativos
cadavéricos
fragmentam-se
em caminhos purpurosos,
estreitos,
emotificantes.

Alienação
inesperada
nas orbitas
gélidas
em suspensão
pulsam
ao cair
da última pétala.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Insomnie

Regarde adverse
le vide inachevé.

Rejoindre la chance
étincelles
réveil en silence.

Défaut ensemble
un instinct inutiles
défaut de se définir
dans le délire et devanios.

Perdre la fiabilité
rêves à franchir.

Equilibrium (english version)

Sigh
morbid
a wake
inside out.

Eyes
naked
static winds,
unrationalized
silent
uplifitng.

Lost words,
unfinished
misunderstood
a fool
thoughts.

Smiles
means to understand
piercing?
sideways?

Gestures
conjugates
unfit
flow
through a prism
in suspension.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Unknown

Coragem,
por que não a tenho?
a explorar
mundos exóticos,
ou  melhor explorar
o meu Eu
incompreendido, desconhecido
de mim.

Um elo invisível,
absorve a dualidade
do tempo
e as sombras obscuras
deflagram-se
na imensidão
do conhecimento...vazio.

Forças
dissipam-se no vácuo
traçam facetas curvilíneas.

Ao final, a vida
se define em momentos acumulados
de certa furtividade
instantânea.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que somos?

Apenas a efemeridade
de um simples pensar inimaginável
incompreendido aos olhares incertos?

Ou apenas ideias esfaceladas
de uma plenitude profunda, profana
de tordoadas travessias
em um improvável parecer instável
inconstante, imprevisto a todo instante?

O existir é surreal
imperceptiveis camadas
falseiam a construtivação
de semblantes sutis
que emaranham
gélidos cálices.

E o nascer,
o que há de belo em nascer!
em ilusória mitificação
do viver
preenchidos
por uma alma diluída
pela corrosão do tempo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sem ar

Mínimos fragmentos
da fina areia
penetra em minh'alma.

Ah! Os fluxos energéticos
tão vivazes
se dissipam
na velocidade da luz.

O brilho das centelhas
em meu frágil pulsante
ao vento são assopradas.

Uma névoa
me entorpece,
trapaceia meus sentidos.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Insônia

Olhares se opondo
ao vazio inacabado.

Juntam-se ao acaso
as centelhas
do despertar em silêncio.

Insucesso previsto
um instinto desnecessário
falha ao delimitar-se
em delírios e devanios.

Perde-se a confiabilidade
nos sonhos em travessia.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Máscaras

Aparência rósea
em eventuais situações
forja
espinhos imperceptíveis.

Nas adversidades
novos olhares e expressões
corrompem nossa própria realidade.

Afinal, o que é realidade?
lembranças atravessadas ou
um frágil imaginário?

Tenho apenas uma certeza
tudo é apenas uma transição.